quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Segredos

Quando as vontades abundam
e brotam frivolamente livres
do peito que queremos guardar
soltam-se as incertezas de um
querer não definido
misturado nessa dúbia forma de estar
perguntam-se em tom de movimento
os quereres do corpo
e pulsa da vulva a vontade de gritar
É um impetuoso querer orgásmico
que salta de todos os poros e culmina
culmina no silêncio interrupto
que passa de um corpo para o outro
como mágica, ou bruxaria
essa poção brota assim  dessa fonte incansável
perde-se a noção do desejo
e já só o continuo envolvimento predomina
Esfregam-se na cara os proveitos próprios
emana pelo meio dessas pernas o fervor da vontade própria
o escuro passa a ser cor
a exploração completa-se na totalidade do corpo.
Queres?
Quero! Da-me! Penetra, como, toca e...
Contorce-me
Naquele pedaço de tecido esticado no chão.

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