quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ouviu-se lá do alto da torre a badalada forte.

Ouviu-se vindo do rio o som daquela onda.
O transito ouvia-se forte e atarefado. 
Até que...
A palavra foi proferida, e no terreiro do paço,
A cidade condoida,
Calou-se!
Dizem que não se ouviu uma unica voz
Não se ouviu qualquer zumbido de respiração.
Que terá sido? Nunca antes a cidade se tinha calado daquela forma.
Talvez tenha sido a sua forma de admiração, de espanto.
Ouviu-se o silêncio,
Inquieto,
Atribulado.
Ficou-se por ai.
Pelo Silêncio.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

No telhado branco de uma casa

Primeiro
vendo a forma como
foram crescendo e ganhando espaço e corpo
a luz necessária, deu-lhe todo o espaço que pediram
na altura certa
mesmo que este mundo não seja exatamente o mesmo
reivenção
do riso
lugares desertos, espaçosos e serenos
de haver amor
A verdade é que aconteceu tudo de forma mais natural possivel, sem planos, sem calendário, sem estratégia.
Uma civilização em estado de descontentamento, onde avareza, a neurose e a paranóia abundam, manifesta-se e degladia no interior de cada indivíduo, castrando a sua capacidade de realização e, por conseguinte, a sua capacidade de amar
Sem arrependimentos, sem olhar para trás, sem o cheiro de terra queimada contra o tempo que passa de nada serve espernear.
Gostava que este novo capítulo representasse um Recomeço, uma Primavera