terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Baralho de Cartas

Num sussurro sentido
lanço assim o meu Á's de copas.
De dois baralhos perdidos
fizemos a melhor das canastras.
É bonito o novo brilho que demos
ao ouros que a nós pertence.
Unidos empunhamos as espadas
e enfrentamos os perigos dessas estradas.
Com os paus,
uns sobre os outros
seguimos caminho construindo nossas naus.
As copas essas de coração forte vermelho.
Vão sendo por nós partilhadas
com amor, desejo e anseio.
Ouvir.
Escutar.
Olhar.

Sentir.

Tocar.

Deixar-me por ti levar.
Levar-te comigo.
Vem!
Venho.
De sentidos apurados assim sigo, olho reparo e sinto.
De olhos bem abertos caminho, sinto e toco.
De sentimento sentido vivo, toco, ouço, calo e falo.
Digo tudo por palavras e falando assim prossigo.
Deixa-te levar por mim.
Leva-me contigo.
Prova!
É o agri-doce que a vida tem.
Saborei!
Mesmo o amargo e insonso que ela te dá.
A vida pode ser uma passagem de nivel, mas nem que o comboio te bata deixarás de:

Ouvir.

Escutar.

Olhar.

Sentir.

Tocar.
És demasiado estrelinha para isso.