terça-feira, 27 de julho de 2010

Intempo-espaciais.

Sou, foste, somos, seremos Intempo-espaciais.
O tempo a nós não se aplica. Somos seres fora desse jogo irreverente do espaço curvo.
Não temos horas, e os minutos não damos conta da sua passagem.
Não existe casa ou chão. Ou lugar.
O espirito. O nosso. O meu, o teu. Não precisam de espaço. Vagueamos, flutuamos. Irrequietos, num movimento que não respeita o F=ma. Regulamo-nos com a incoerencia que a nossa essencia tranmite. Fazemos as nossas proprias leis, numa fisica criada por uma quimica inexplicavel.
Não sei como nem porquê, e provavelmente as outras perguntas que se geram não as sei responder.
Apenas é. Mas é tão depressa que dá a volta à barriga e depois *PUM* Fogo de artifício.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Degradação do corpo, dissipação da alma.

Dói a lembrança de te ter tido. Agora faço nascer em mim sentimentos que não existem. Convenço-me de que são reais, quando os sinto, quando de grandes mentiras. Vou ser selvagem e bruta. Regredir no meu ser interior e não me dar a luxos tais como a felicidade.
É o momento oportuno para tal. Vou ser animal, com carapaça e grande defesa. Perto de mim um aviso mudo dirá a toda gente para se manter longe de mim para sua propria segurança. Vou deixar as minhas garras crescerem e atacar qualquer um que de mim tente aproximar-se.
Serei mais que mulher. Serei lagarto e leoa. Serei um espirito infame de quem ninguem tirará partido. Serei corpo. Apenas corpo. Com alma guardada em caixa de pandora no fundo de algum lugar inóspito.
Não foste tu que fizeste de mim assim. Já o era. Talvez não de forma tão dura e cruel.
A situação, o momento , esses sim, fizeram de mim o que sou e quero ser.

domingo, 11 de julho de 2010

"I can't give it up"

Ao som: "I can't give it up
to someonelse's touch"




O tempo corre à minha volta, mas o meu parece parado. Sinto a falta do cheiro que me cativa. Do vento a bater no rosto.
O meu tempo está parado. Tal qual um relogio de corda que necessita de alguem que puxe por ele.
O ar que respiro não se move. As pessoas passam por mim a correr e eu continuo aqui, quase imovel.
Que feitiço é este?
Não sei, o mundo perde-se na minha mão e o meu sopro já nem faz o pequeno moinho girar.
Esta tudo demasiado entranhado em mim para conseguir sobreviver sem olhar para trás.
E olhar para trás doi, magoa e faz mal. Mas era lá atrás que eu era eu, que eu estava bem, até que...

sábado, 10 de julho de 2010

Fácil de Entender
The Gift

Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer
Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse
Era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim
Olhar para mim, escutar quem sou
E se ao menos tudo fosse igual a ti

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse
Era fácil de entender

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse
Era fácil de entender

É o amor que chega ao fim
Um final assim assim, assim
É mais fácil de entender


Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse
É mais fácil de entender

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse
Era fácil de entender

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Verto àgua dos olhos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

No escuro tento acender essa luz em mim apagada.
Já nem o sopro é forte para fazer essas cinzas já mais que apagadas, acender.
A esperança, essa que dizem que é a ultima a morrer, à muito que abandonou este corpo quase petrificado.
As vontades do abismo não param, mas uma força nao sei bem de onde me impede.
Não sei o que aqui ando a fazer, deambulo feita morta viva tentando florescer uma flor que já murchou.
Olho em volta. A chama aqui nem se vê. Chego a ter inveja de todas essas chamas que vejo acesas ardentemente.
A unica força que tenho, a unica brisa que corre é aquela que me faz pedir para sair daqui. Mas nem sequer sei onde ir.

sábado, 3 de julho de 2010

Encontrei-me por um segundo para dar conta que...


...Estou mais perdida que nunca.